Na última terça-feira, 7 de janeiro, a Meta anunciou o encerramento de seu programa de verificação de fatos, substituindo-o por uma nova ferramenta chamada “notas da comunidade”. A decisão foi apresentada pelo próprio Mark Zuckerberg, que reforçou o compromisso da plataforma contra qualquer tipo de censura e a favor da liberdade de expressão, definindo-a como essencial para o progresso da sociedade. Apesar das controvérsias que essa liberdade pode gerar em espaços digitais, Zuckerberg destacou que plataformas devem ser locais de pluralidade e debate, mesmo quando as opiniões expostas não convergem.
Esse anúncio soa como um respiro em tempos sombrios para o jornalismo independente. A liberdade de expressão que Zuckerberg afirma defender na Meta contrasta fortemente com a realidade de censura que vivi nos últimos três anos. Meu canal no YouTube, construído com décadas de experiência jornalística, foi alvo de perseguição implacável, não por espalhar desinformação, mas por questionar o consenso imposto e oferecer espaço a vozes fora da narrativa oficial.
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Durante a pandemia, um dos períodos mais desafiadores para a saúde pública global, o jornalismo, mais do que nunca, precisava cumprir seu papel essencial: questionar, investigar, ouvir diferentes perspectivas e apresentar informações de maneira clara e equilibrada. Foi o que fiz. Entrevistando médicos, cientistas e pesquisadores de renome, amplifiquei o debate sobre tratamentos que, na época, eram marginalizados pela grande mídia. No entanto, ao abrir esse espaço, fui punido.
Centenas de vídeos foram apagados, minhas fontes foram desacreditadas, e meu direito de informar foi cerceado. A justificativa? Supostos descumprimentos das regras da plataforma. Mas o que estava em jogo era maior do que isso: a imposição de um discurso único, desprovido de nuances, que ignorava a complexidade da ciência e as incertezas inerentes a um momento de crise.
Agora, com a Meta prometendo um ambiente mais aberto, a grande mídia já mostra o seu descontentamento. A censura, mesmo disfarçada de moderação, fere não apenas os profissionais de comunicação, mas também o direito fundamental do público de acessar informações diversificadas. Se Mark Zuckerberg se viu pressionado a seguir o sistema, quem dirá eu e tantos outros jornalistas, tão pequenos diante desse poderoso e sombrio mundo digital.
Como jornalista, acredito que cabe à sociedade avaliar, criticar e formar suas próprias opiniões. E o que me conforta e saber, a cada dia, a cada nova pesquisa, que tudo aquilo que defendi quando fui censurado, se comprova cientificamente. Afinal, a verdade sempre prevalece. Nosso trabalho é investigar, levantar fontes e apresentar os fatos de forma transparente. Mas, quando plataformas e governos decidem o que pode ou não ser dito, subtraem do público essa autonomia e mergulham o debate público em um perigoso cenário de polarização e desinformação.
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Meu caso é emblemático de um sistema que oprime jornalistas independentes e recompensa aqueles que se alinham às narrativas predominantes. E enquanto meu processo segue parado em alguma gaveta do STJ, continuo na luta para reaver meu direito de informar. Porque, como sempre defendi, liberdade de expressão não é apenas um direito; é um dever que todos devemos proteger.
Fernando Beteti
Jornalista, pioneiro em jornalismo de saúde e defensor da liberdade de expressão.
Você é um Jornalista pela Vida!!!
PARABÉNS pelo seu Trabalho.
Muito oportuno amigo Beteti. É hora de nos mostrar como defensores da verdade. Tens meu pleno apoio e rogo a Deus que fiques libertado das injustiças que vens passando lideradas por um insano.
Precisamos acabar com o silencio dos bons, e preciso reagir, parar com a passividade e combater este cancer que e a esquerda, eles vem para destruir e matar sempre.., temos que acordar e enfrentar!!
Fico muito triste com isso, sinto muito por você ter o seu direito de trabalhar e ajudar as pessoas com informações verdadeiras ser oprimido. Mas a realidade é que isso vai piorar mais a cada dia e te deixo a pergunta, o que será de nós no futuro? obrigada por tudo de bom que você passou para nós todos com seu trabalho e que Deus te abençoe muito!
Parabéns pelo trabalho sério e muito responsável, nos trazendo informações de grande importância. Vamos continuar firmes do lado da verdade, que, como diz o Augusto Nunes, pode desmaiar, mas nunca morre. Vai chegar o momento, em que as trevas serão removidas deste abençoado planeta !