Pesquisadores holandeses analisaram dados de 47 países ocidentais e identificaram mais de três milhões de mortes em excesso desde 2020. Essa tendência persiste apesar da implementação de tipos de vacina e outras medidas de controle durante a pandemia da Covid-19. Segundo os cientistas, esses números alarmantes exigem uma investigação detalhada por parte dos governos, incluindo a análise de possíveis efeitos adversos causados pelas vacinas. A reportagem sobre o estudo foi publicada no jornal The Daily Telegraph .
No artigo publicado no BMJ Public Health, os autores ressaltaram que, embora as vacinas contra a Covid-19 tenham sido desenvolvidas para proteger contra a doença e suas complicações, também houve registros de efeitos adversos suspeitos. Médicos e cidadãos relataram casos graves e mortes após a vacinação em diversos bancos de dados oficiais em países ocidentais.
- Receba os conteúdos de Fernando Beteti pelo WhatsApp
- Receba os conteúdos de Fernando Beteti pelo Telegram
Durante a pandemia, a preservação de cada vida foi fortemente defendida por políticos e pela mídia, que apoiaram a implementação de medidas de contenção e a vacinação em massa. Agora, após a pandemia, essa mesma dedicação deve ser aplicada na investigação das causas do excesso de mortalidade.
O estudo revelou que na Europa, Estados Unidos e Austrália, houve mais de um milhão de mortes em excesso em 2020, no auge da pandemia, 1,2 milhão em 2021 e 800.000 em 2022, mesmo após a implementação de medidas de contenção. Esses números incluem tanto mortes por Covid-19 quanto os efeitos indiretos das estratégias de combate ao vírus.
Os efeitos colaterais das vacinas mencionados incluem acidente vascular cerebral isquêmico, síndrome coronariana aguda, hemorragia cerebral, doenças cardiovasculares, problemas de coagulação, hemorragias e eventos gastrointestinais. Pesquisadores alemães observaram que o aumento da mortalidade no início de 2021 coincidiu com o início da campanha de vacinação, justificando a necessidade de uma investigação mais aprofundada.
Entretanto, os dados mais recentes sobre os efeitos colaterais das vacinas não estão acessíveis ao público, já que os países mantêm bases de dados individuais sobre os danos, que dependem de relatos voluntários de cidadãos e médicos.
Os pesquisadores também sugerem que o impacto das medidas de contenção, a restrição nos cuidados de saúde e a turbulência socioeconômica durante a pandemia possam ter contribuído para o aumento das mortes, embora provar isso seja complexo. Gordon Wishart, diretor médico da Check4Cancer, alertou que atrasos no diagnóstico de câncer durante o confinamento poderiam levar a um aumento nas mortes. Dados do NHS England indicam uma queda na incidência de câncer durante os confinamentos, sugerindo que muitos casos foram perdidos ou diagnosticados tardiamente.
Wishart também destacou que muitos efeitos adversos graves relacionados às vacinas podem não ter sido relatados, e que a coincidência entre o excesso de mortalidade e a vacinação na Alemanha merece uma investigação detalhada. O estudo levanta mais perguntas do que respostas, mas enfatiza a necessidade de análises minuciosas para entender as causas do excesso de mortalidade e melhorar a resposta a futuras crises pandêmicas.
Prezado Beteti bom dia, e que podemos fazer para diagnosticar os efeitos e combatê-los? Francisco Salgado de Paulínia/SP