A gigante farmacêutica AstraZeneca deu início à retirada global da circulação de sua vacina contra a Covid-19, conforme divulgado pelo jornal britânico The Telegraph nesta terça-feira, 7. A decisão vem após meses de controvérsias em relação aos potenciais efeitos colaterais do imunizante, especialmente a síndrome da trombose com trombocitopenia (STT), considerada uma condição perigosa e rara.
A revelação do periódico britânico veio à tona após a AstraZeneca admitir em documentos legais a possibilidade de sua vacina estar associada à STT. Segundo a empresa, a retirada do produto do mercado é uma medida estritamente comercial, atribuindo a obsolescência da vacina às novas variantes que surgiram ao longo do tempo.
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Na União Europeia, a vacina já foi proibida de uso, com o pedido de retirada da comercialização formalizado em 5 de março, tendo efeito prático a partir desta terça-feira.
A síndrome da trombose com trombocitopenia é uma condição extremamente rara, caracterizada pela formação de coágulos sanguíneos associada à baixa contagem de plaquetas no sangue, podendo levar a coágulos potencialmente fatais.
A AstraZeneca enfrenta agora uma ação coletiva movida por 51 famílias, que buscam indenizações que podem alcançar até 100 milhões de libras, equivalentes a cerca de 650 milhões de reais. Essas famílias relataram à Justiça casos de mortes ou ferimentos graves associados à vacina. A empresa, no entanto, argumenta que a STT pode ter outras causas mais prováveis.
Em uma declaração enviada ao site UOL, a AstraZeneca reiterou que o efeito colateral em questão já era conhecido desde 2021.