A insônia é um problema que atinge 36,5% dos brasileiros. Trata-se de um problema que, quando chega para ficar, provoca cansaço, fadiga, irritabilidade e até mesmo lapsos de memória. No entanto, existem algumas orientações que ajudam a pessoa a dormir em poucos minutos e com muito mais qualidade.
Sam Silva é farmacêutico, empresário da área da saúde e professor adjunto na Universidade da Georgia em Atlanta. Ele explica que um dos principais pontos de atenção para quem busca uma noite de sono ideal é manter o quarto totalmente escuro.
“Isso inclui vedar as luzes dos aparelhos eletrônicos que ficam acesas mesmo quando eles estão desligados. É o caso de aparelhos de TV, roteadores e modens. Eu cubro essas luzes com uma fita”, ensina Sam.
Pode parecer algo extremo, mas Sam Silva garante que quem adotar esse hábito, notará imediatamente os benefícios. Isso ocorre porque a claridade, por mínima que seja, faz com que o organismo diminua a produção de melatonina, que é o hormônio que colabora na indução do sono. Sendo assim, a claridade se torna uma grande vilã para quem deseja dormir mais rápido e melhor.
De acordo com especialistas, quando passar a noite em claro ou dormir mal se torna uma rotina, são manifestados casos de sonolência exagerada durante o dia, mudanças bruscas de humor e perda de capacidades mentais, a exemplo do aprendizado e do raciocínio.
Mais dicas na hora de dormir
Outra dica, segundo Sam, é evitar o uso de celulares e televisão antes de ir para a cama. Entretanto, qual o tempo ideal de sono? Sam Silva diz que a resposta varia de acordo com a idade.
“Uma criança recém-nascida vai dormir de 16 a 18 horas por dia. (…) Já na primeira infância, até os 10 anos de idade, ela precisa dormir, em média, 10 horas por dia. Vejam só, eu disse 10 horas, não 8 horas. Isso porque ela está em fase de crescimento, assim como todos os seus órgãos e células. E o tempo de sono restaura os tecidos, enzimas, músculos…”, pontua ele.
Já na fase que compreende o período que engloba o fim da infância e início da adolescência, entre 10 e 18 anos, Sam Silva explica que o sono ideal (apesar de muitas vezes difícil de se conseguir) deve variar entre 10 e 12 horas. “Esse sono vai ser bom para a pele, bom para os hormônios. (…) Lembrando que as meninas e meninos são diferentes, parece óbvio, mas às vezes o óbvio precisa ser dito. Por questões metabólicas e hormonais, elas geralmente necessitam de um ciclo de sono maior que os meninos”.
Na fase adulta, recomenda-se 8 horas, sendo que algumas pessoas necessitam de menos tempo do que isso. Por fim, idosos geralmente dormem menos e necessitam de seis a sete horas de sono. “É comum que haja sono fragmentado também durante o dia. “Hormonalmente falando, o corpo do ancião começa a ter esse desequilíbrio. Além disso, o grau inflamatório já aumentou. Esses, entre outros fatores, fazem com que os idosos durmam menos”.
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