Em tempos onde o natural e o fitoterápico ganham destaque como opções de tratamento, é fundamental estar bem informado sobre os riscos associados ao uso de algumas plantas, especialmente durante a gravidez. Muitos chás, embora aparentemente inofensivos, podem ter efeitos adversos severos e até mesmo levar ao aborto espontâneo. Esta reportagem busca esclarecer e alertar sobre quais chás devem ser evitados pelas grávidas para garantir uma gestação segura.
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Chás abortivos: riscos e precauções
Durante a gravidez, o corpo da mulher passa por inúmeras mudanças, e a ingestão de certas substâncias pode ter consequências inesperadas. Alguns chás, devido às suas propriedades químicas, podem estimular contrações uterinas, interferir na circulação sanguínea placentária ou causar toxicidade tanto para a mãe quanto para o feto. A seguir, uma lista de chás que devem ser evitados:
1. Chá de Losna (Artemisia absinthium)
A losna é conhecida por suas propriedades amargas e medicinais, mas também possui efeitos abortivos. Suas substâncias podem provocar contrações uterinas intensas, aumentando o risco de aborto espontâneo.
2. Chá de Ruda (Ruta graveolens)
A ruda é uma planta com forte ação emenagoga, ou seja, que promove a menstruação. Durante a gravidez, seu consumo pode levar a hemorragias e à interrupção da gestação, sendo considerada extremamente perigosa para grávidas.
3. Chá de Erva-de-São-Cristóvão (Cimicifuga racemosa)
Embora utilizada para aliviar sintomas de menopausa, a erva-de-São-Cristóvão é contraindicada durante a gravidez devido ao seu efeito estimulante sobre o útero, o que pode induzir contrações e provocar aborto.
4. Chá de Alecrim (Rosmarinus officinalis)
O alecrim, apesar de popular na culinária, deve ser evitado em grandes quantidades durante a gestação. Ele possui propriedades que podem estimular o útero e, em casos extremos, induzir ao aborto.
5. Chá de Carqueja (Baccharis trimera)
A carqueja é conhecida por suas propriedades digestivas e desintoxicantes. Contudo, durante a gravidez, seu consumo pode aumentar o risco de abortos espontâneos devido ao seu potencial efeito emenagogo e tóxico em altas doses.
6. Chá de Boldo (Peumus boldus)
O boldo é amplamente usado para tratar problemas digestivos, mas deve ser evitado durante a gravidez. Ele pode causar contrações uterinas e tem um potencial hepatotóxico que pode ser prejudicial para o feto.
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7. Chá de Sálvia (Salvia officinalis)
A sálvia é uma erva que possui propriedades que podem estimular o útero e causar contrações. O consumo de chá de sálvia durante a gravidez aumenta o risco de aborto e complicações.
8. Chá de Hortelã-Pimenta (Mentha piperita)
Embora muitos considerem o chá de hortelã-pimenta inofensivo, ele deve ser consumido com cautela durante a gravidez. Em doses elevadas, pode provocar relaxamento excessivo do útero e aumento do risco de aborto.
9. Chá de Gengibre (Zingiber officinale)
O gengibre é frequentemente utilizado para aliviar náuseas, mas seu consumo excessivo pode estimular o útero e levar a contrações, aumentando o risco de aborto, especialmente no primeiro trimestre.
10. Chá de Poejo (Mentha pulegium)
O poejo é uma planta com forte ação emenagoga e seu consumo pode induzir contrações uterinas. É conhecido por seus efeitos tóxicos em doses altas e, durante a gravidez, pode causar aborto e outras complicações severas.
11. Chá de Canela
A canela pode estimular contrações uterinas e tem propriedades emmenagogas que podem provocar sangramentos e aumentar o risco de aborto espontâneo. Além disso, compostos presentes na canela, como a cumarina, podem ser tóxicos em altas doses, prejudicando tanto a mãe quanto o desenvolvimento fetal. Portanto, grávidas devem abster-se de consumir chá de canela e sempre buscar orientação médica antes de ingerir qualquer tipo de chá ou suplemento natural.
