Uma picadinha no pé do bebê recém-nascido para uma coleta simples de sangue, e pronto. Isso é suficiente para detectar doenças graves e que não apresentam sintomas nos primeiros dias após o nascimento. Assim é o Teste do Pezinho, implantado pelo médico Dr. Benjamin José Schmidt (1931-2009) e que possibilitou salvar a vida de milhares de crianças.
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Em entrevista ao Canal Fernando Beteti, o filho de Dr. Benjamin, o também médico Dr. Beny Schmidt, explicou a importância do legado deixado pelo pai. “Benjamin José Schmidt realmente foi uma pessoa que mudou o curso da Pediatria do Brasil e do mundo porque ele foi de país em país numa época que não existia computador defender àquilo que acreditava. (…) Então, nesse gesto, ele acabou se tornando presidente da Associação Internacional de Pediatria, na França. É o único brasileiro que foi presidente em sociedade internacional de medicina. Durante 10 anos que esteve lá, ele conseguiu colocar esse teste no mundo inteiro. E esse teste salvou milhares e milhares de vidas”, explicou Dr. Beny.
Assista abaixo a entrevista completa no Canal de Fernando Beteti com Dr. Beny Schmidt, sobre o legado de Dr. Benjamin José Schmidt
Por que fazer o Teste do Pezinho?
Porque essas doenças não apresentam sintomas no nascimento e, se não forem diagnosticadas e tratadas cedo, podem causar sérios danos à saúde, inclusive retardo mental grave e irreversível.
Quem deve fazer o teste?
Todas as crianças recém-nascidas. A data ideal para a coleta de sangue é entre o 3º e 5º dia de vida do recém-nascido.
O que o teste detecta?
O teste básico consegue detectar fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, anemia falciforme e demais hemoglobinopatias, hiperplasia adrenal congênita e deficiência biotinidase. Além disso, o teste expandido diagnostica a presença de AAAC (aminoacidopatias e distúrbios do ciclo da uréia, distúrbios ácidos orgânicos, distúrbios de oxidação dos ácidos graxos, perfil Tandem MS, que inclui a detecção de 38 doenças; galactosemia; leucinose; deficiência de G6PD; toxoplasmose congênita; imunodeficiência combinada grave, entre outros.
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado