Pessoas que apresentam quadro de osteoporose tem 42% mais risco de desenvolver demência, quando comparados com aqueles que têm ossos saudáveis. É o que sugere um estudo publicado na quarta-feira (dia 22 de março) na revista Neurology, da Academia Americana de Neurologia.
O estudo foi realizado por cientistas do Centro Médico da Universidade Erasmus, na Holanda.
“É possível que a perda óssea ocorra já nas fases iniciais da demência, anos antes de qualquer sintoma se manifestar. Se esse for o caso, a perda óssea poderia ser um indicador de risco e os pacientes poderiam ser alvo de triagem e melhor atendimento”, sugere o autor do estudo, o médico Mohammad Arfan Ikram, do Centro Médico da Universidade Erasmus, na Holanda.
Ao todo, 3.651 indivíduos com idade média de 72 anos participaram da pesquisa. Assim, durante mais de 10 anos essas pessoas passaram por exames de raio-X para avaliação da densidade óssea. Além disso, elas realizaram testes físicos, cintilografia óssea e exames para demência.
A relação entre osteoporose e demência
Sendo assim, ao início do experimento, nenhum dos participantes sofria de demência, no entanto, 19% deles (ou seja, 688 pessoas) desenvolveram a síndrome em um período médio de 11 anos. Por outro lado, dos 1.211 participantes com menor densidade óssea corporal total, 90 desenvolveram deficiências cognitivas em dez anos. Por fim, entre as 1.211 pessoas com maior densidade óssea, 52 terminaram o estudo com diagnóstico de demência.
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A conclusão dos pesquisadores com os dados em mãos é que os indivíduos com osteoporose apresentavam 42% mais possibilidade de desenvolver demência.