Em uma recente entrevista concedida ao canal Fernando Beteti, o professor Alexandre Távola, especialista em saúde integrativa, fez uma declaração surpreendente: o consumo de milho e frango pode estar diretamente ligado ao aumento dos casos de depressão. A afirmação, que pegou muitos de surpresa, levanta questões importantes sobre como nossa dieta pode influenciar não apenas nossa saúde física, mas também nossa saúde mental.
O que milho e frango têm a ver com depressão?
Durante a live, Távola explicou que a relação entre esses alimentos e a depressão está ligada principalmente ao ômega-6, um ácido graxo abundante na carne de frango e em produtos à base de milho. Segundo ele, o ômega-6, quando consumido em excesso, pode promover inflamação no corpo, o que está associado a uma série de problemas de saúde, incluindo a depressão.
“O frango, principalmente, é rico em ômega-6, que, em excesso, pode predispor o organismo a quadros depressivos”, afirmou Távola. Ele também mencionou que o milho, que é um dos principais componentes da dieta ocidental, contém fungos que podem agravar esse quadro, aumentando ainda mais o risco de depressão em quem consome grandes quantidades desse alimento.
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A ciência por trás da afirmação
A ligação entre alimentação e saúde mental é um campo de estudo crescente, e a ideia de que certos alimentos podem impactar negativamente o humor e a cognição não é totalmente nova. No entanto, a especificidade com que Távola abordou os efeitos do milho e do frango sobre a saúde mental é digna de atenção.
Estudos têm mostrado que dietas ricas em ômega-6 e pobres em ômega-3 (que têm propriedades anti-inflamatórias) podem criar um ambiente pró-inflamatório no cérebro, levando a alterações químicas que estão associadas à depressão. “Estatisticamente, os países que consomem grandes quantidades de cereais matinais à base de milho, como os Estados Unidos, apresentam índices mais altos de depressão em comparação com países que têm dietas ricas em proteínas animais no café da manhã”, explicou o professor.
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Para aqueles preocupados com sua saúde mental, as revelações de Távola sugerem que pode ser hora de reavaliar a quantidade de milho e frango em suas dietas. Ele sugere que, em vez de confiar nesses alimentos como bases alimentares, as pessoas devem considerar alternativas ricas em ômega-3, como peixes gordos, nozes e sementes de linhaça.
Além disso, Távola recomenda prestar atenção à origem desses alimentos. “É importante também observar como esses alimentos são criados e processados. Frangos criados em ambientes industrializados, alimentados com rações à base de milho, tendem a ter níveis ainda mais altos de ômega-6, exacerbando esse efeito”, acrescentou.
Alternativas saudáveis para prevenir depressão
Para aqueles que desejam adotar uma abordagem mais consciente da alimentação, Távola sugere uma dieta que minimize a ingestão de alimentos inflamatórios e maximize o consumo de alimentos anti-inflamatórios. Alguns passos práticos incluem:
- Reduzir o Consumo de Frango e Milho: Substitua esses alimentos por fontes de proteínas ricas em ômega-3, como salmão, sardinha e ovos enriquecidos com ômega-3.
- Incorporar Mais Alimentos Anti-inflamatórios: Inclua em sua dieta mais frutas e vegetais frescos, nozes, sementes e grãos integrais, que são ricos em antioxidantes e nutrientes anti-inflamatórios.
- Escolher Produtos Orgânicos: Sempre que possível, opte por alimentos orgânicos, especialmente carne e frango, para reduzir a exposição a pesticidas e outros químicos que podem contribuir para a inflamação.
- Consultar um Profissional de Saúde: Antes de fazer mudanças significativas em sua dieta, é aconselhável consultar um nutricionista ou médico que possa fornecer orientações personalizadas baseadas em suas necessidades específicas.
Assista a entrevista completa
Conheça mais sobre o trabalho do Prof. Alexandre Távola:
- ▶️ Youtube: / @alexandretavola
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