“Quando falo de jejum para o paciente, parece que eu disse algo de outro planeta”. O desabafo é do Dr. Fabio Augusto, responsável pelo perfil “Cérebro Saudável”, no Instagram, e que há mais de dez anos convive com a intensa rotina em clínicas e pronto-atendimentos.
Segundo ele, o jejum intermitente e a vida saudável andam lado a lado, mas, a falta de informação ainda é o principal entrave para quem mais pessoas usufruam dos benefícios. “Apesar da alta tecnologia de hoje, as pessoas estão desinformados do básico”, disse ele, em entrevista realizada no canal Fernando Beteti, no YouTube.
O médico ainda explica a partir de 16 horas de jejum já é possível ver resultados positivos, mas, que nem sempre ele é suficiente. “Cerca de 16 horas de jejum é o básico, o mínimo. Pessoas que têm um estado inflamatório muito grande, como as que têm fibromialgia, que é uma doença que causa dor e uma doença inflamatória intensa, deveriam fazer um jejum mais prolongado de 24 horas, ou até 48 horas, mas sob supervisão”, acrescentou.
Mas, por que o jejum intermitente faz bem? A resposta está no efeito anti-inflamatório proporcionado por ele. “O jejum equilibra o sistema imunológico e regula inflamação, ele diminui a inflamação”, destaca Fabio Augusto, ressaltando que praticamente todas as doenças adquiridas têm um componente de inflamação.
“Se você for pegar um tecido de tumor e colocar no microscópio, verá que ele tem inflamação. Se você pegar uma placa de aterosclerose, aquela que dá infarto, que dá derrame, e for em um microscópio, encontrará tem inflamação. A articulação da pessoa com artrite, ou fibromialgia, a mesma coisa. A inflamação está aí. Ela é a base praticamente da maioria das doenças”, ensina.
Para conferir esse e outros temas que conversei com o Dr. Fabio Augusto, assista a entrevista que realizei ao vivo com ele no meu canal Fernando Beteti, Repórter Saúde, no YouTube.
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