Após o vereador Carlos Bolsonaro publicar uma foto mostrando a perna de seu pai, o presidente Jair Bolsonaro, com erisipela, mensagens com fake news envolvendo a publicação circularam pelos aplicativos de mensagem e redes sociais.
Carlos publicou no Telegram uma foto da perna com erisipela, acompanhada da legenda: “A erisipela desenvolvida na perna do meu pai. Foto tirada de poucos dias atrás. Fui informado de que nesta fase já estava em processo de recuperação e tudo corre muito bem”.
As mensagens falsas que passaram a circular afirmavam que Carlos utilizou a imagem de uma campanha antitabagismo para simular os efeitos da erisipela na perna de Bolsonaro, o que não é verdade. Afinal, todas as imagens usadas atualmente na campanha estão na página da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância). É possível verificar que a foto postada por Carlos Bolsonaro não está entre elas.
A erisipela, de acordo com o Ministério da Saúde, ocorre devido a um processo infeccioso da pele. Ele pode atingir a gordura do tecido celular, causado por uma bactéria que se propaga pelos vasos linfáticos.
Quando o paciente é tratado logo no início da doença, as complicações não são tão evidentes ou graves. No entanto, os casos não tratados a tempo podem progredir com abscessos, ulcerações (feridas) superficiais ou profundas e trombose de veias. A sequela mais comum, conforme o Ministério da Saúde, é o linfedema. Ou seja, o inchaço persistente e duro localizado principalmente na perna e no tornozelo, resultante dos surtos repetidos de erisipela.
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Tratamento:
O tratamento geralmente combina várias medidas realizadas ao mesmo tempo e determinadas pelo médico. Isso inclui uso de antibióticos específicos para eliminar a bactéria causadora; redução do inchaço, fazendo repouso absoluto com as pernas elevadas, principalmente na fase inicial. Pode ser necessário o enfaixamento da perna para que desinche mais rapidamente; fechamento da porta de entrada da bactéria, tratando as lesões de pele e as frieiras; limpeza adequada da pele, eliminando o ambiente propício para o crescimento das bactérias; uso de medicação de apoio, como anti-inflamatórios, antifebris, analgésicos e outras que /atuam na circulação linfática e venosa.
Outro grande aliado no tratamento é a Ozonioterapia. Veja detalhes sobre a aplicação do Ozônio contra a doença, na entrevista concedida pelo Dr. Diogo Bonifácio, ao Canal Fernando Beteti.
Foto da capa: Arquivo/Valter Campanato/Agência Brasil