Mesmo em pessoas jovens e saudáveis, o estresse acumulado no dia a dia pode resultar em infartos e outros problemas cardiovasculares. É o que indica um estudo publicado recentemente na revista científica Circulation. Segundo a publicação, os níveis elevados de cortisol, um hormônio liberado pelo organismo em situações estressantes, podem ser os responsáveis por você ter um infarto.
Em entrevista que realizei com o cardiologista Dr. Stephen Sinatra, nos Estados Unidos, ele já alertava sobre a contribuição do estresse, entre outros fatores, para a ocorrência de infartos. E mais do que isso. Ele deixou claro que, em seus estudos, o colesterol não é o vilão que muitos propagam.
“Existem muitos fatores envolvidos para o infarto. Para mim o ataque do coração é resultado de um sangue de alta viscosidade e veias estreitas. Existem muitas razões para estreitamento das veias, como estresse emocional, muito ferro no sangue, homocisteína elevada… enfim, a lista é tremendamente grande. Mas, acredito que o colesterol tem apenas uma pequena contribuição para o infarto, não sendo o grande vilão”, disse ele – assista a entrevista na íntegra abaixo:
“Colesterol é extremamente necessário para o corpo humano. Precisamos dele para viver. A inflamação é a causa das doenças coronárias. O colesterol não é o ‘culpado’ por obstruir as artérias em situações de doença cardíaca”, comentou ele.
Livro
O posicionamento de Dr. Stephen Sinatra “em defesa” do colesterol o levou a escrever o livro “O Mito do Colesterol”, assinado em parceria com Jonny Bowden. Nas páginas, mais uma vez a tese de que a diminuição do colesterol não reduz risco de problemas cardíacos é levantada.
“A maioria dos médicos e cardiologistas continua a medir os níveis de colesterol dos seus pacientes e a prescrever estatinas para baixar os valores. Entretanto, a verdadeira causa da doença cardíaca, a inflamação, continua a ser ignorada”, destacam os autores. O estresse e as dietas com alto teor de carboidratos também, segundo ele, são os vilões do coração.
“O colesterol é encontrado na cena do crime para a doença cardíaca, mas não é o criminoso.”
Exercite-se!
Mas como lidar com o estresse? Joseph Mercola, médico osteopata e ganhador de vários prêmios área da saúde natural, deu importantes dicas em um bate-papo que tivemos também nos Estados Unidos. Entre elas, a importância de realizar atividades físicas e evitar medicamentos.
“Eu, definitivamente, aconselharia que as pessoas evitassem os remédios. Podem parecer úteis a curto prazo, mas há uma série de estudos que mostram que esses fármacos, muitos dos antidepressivos usados, tratam um tipo de transtorno de estresse, mas não funcionam melhor que um placebo. Então, quais as alternativas se você não quer tomar remédios controlados? Exercite-se. Ou seja, está comprovado que o exercício funciona como um remédio. Também é importante ter um estilo de vida saudável, tomar sol”, destacou ele, dando importantes dicas para afastar o risco de infarto.
Magnésio e outros nutrientes
A falta de alguns nutrientes no organismo também pode colaborar para o estresse e colocar em risco a saúde cardíaca e aumentar as chances de infarto. É o caso do Magnésio. E quem relatou a relação entre o estresse e esse nutriente foi o Dr. Arnoldo Velloso, um dos principais estudiosos do mineral no Brasil e no mundo.
“Qualquer estresse aciona o Magnésio que temos de reserva no organismo. A emoção gasta Magnésio. O Magnésio tem como um dos efeitos proteger as sinapses. Com a forma do treonato, é possível preservar a estrutura. Havendo uma situação de conflito, a gente perde Magnésio. Se passa um motociclista na rua, do seu lado, acelerando alto, 30 minutos depois na sua urina está saindo Magnésio, liberado pelo estresse, pela adrenalina”, relatou Dr. Arnoldo Velloso, reforçando, portanto, que o estresse crônico, combinado com a dieta deficitária de magnésio, forma a receita para um grave problema.
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“Essa é a realidade da maioria das pessoas. A medicina convencional está ligada à administração de drogas, porque tem interesse por trás disso que quer passar anti-hipertensivos, produtos psicotrópicos e esquece que o Magnésio é o grande alimento”, completou ele – assista a entrevista completa abaixo:
Além do Magnésio, os especialistas pontuam outros nutrientes que são importantes para o combate ao estresse e positivos para a saúde cerebral. Veja a lista abaixo:
A Coenzima Q10 está bastante presente nas células do organismo humano. Além disso, esta substância é primordial para a produção de energia (ATP) para o organismo, assegurando disposição física e mental. Nesse sentido, destaque ainda por melhorar a circulação sanguínea e pela sua ação antioxidante, combatendo os radicais livres, preservando e atuando na renovação das células. Tudo isso é positivo para para o bom funcionamento do nosso cérebro.
- Vitamina B6
Em bons níveis, elas ajudam a evitar a Nevrite periférica e a degeneração nervosa. Desse modo, a vitamina é essencial para as células nervosas do cérebro, uma vez que age na formação da bainha de mielina, colaborando na preservação da memória.
O Ômega 3 turbina os efeitos contra o estresse e a ansiedade. Cerca de 80% do peso seco do cérebro e do tecido nervoso é formado por gorduras. Assim sendo, o DHA (conheça o DHA Pure da NutriGenes) presente no ômega 3 é um ácido graxo de cadeia longa importantíssimo. Trata-se de uma gordura estrutural e funcional presente no cérebro e nos olhos. Na prática, essa “gordura boa” mantém a memória em dia e assegura que as funções cerebrais estejam ativas. Ao mesmo tempo, estimula o raciocínio rápido, combate o estresse e a ansiedade, e ajuda na prevenção da depressão.