A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc), que faz parte da Organização Mundial da Saúde (OMS), está examinando o aspartame, um adoçante artificial presente na Coca-Cola Zero. O Objetivo é mostrar os possíveis efeitos adversos para a saúde humana. Conforme relatado pela Agência Reuters, essa substância será classificada como “potencialmente carcinogênica para os seres humanos”.
Os adoçantes artificiais têm sido objeto de pesquisas da OMS há vários anos. Em uma análise divulgada em 15 de maio de 2023, a Organização sugeriu que esses adoçantes podem ter “potenciais efeitos indesejáveis” relacionados ao uso prolongado, como um maior risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e aumento da mortalidade em adultos.
Entre os adoçantes mencionados pela OMS nessa data, destacam-se: acessulfame de potássio, advantame, ciclamatos, neotame, sacarina, sucralose, stevia e seus derivados. O aspartame também foi incluído nessa lista.
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Embora seja utilizado desde a década de 1980, o aspartame foi avaliado em 1951 pelo Comitê Conjunto de Especialistas em Aditivos Alimentares da OMS/FAO (JECFA), responsável pela análise dos riscos de produtos químicos e aditivos alimentares. No entanto, ele nunca passou por uma avaliação pelas monografias da Iarc, um programa que identifica o potencial de risco de câncer em componentes e alimentos.
Veja principais motivos pelos quais o aspartame, presente na Coca-Cola Zero, é considerado potencialmente cancerígeno:
1. Metabolismo do Aspartame
O aspartame é metabolizado no corpo em três componentes principais: ácido aspártico, fenilalanina e metanol. Cada um desses compostos pode ter efeitos adversos em altas concentrações:
- Ácido Aspártico: Um aminoácido que pode ter efeitos excitatórios no sistema nervoso central.
- Fenilalanina: Em excesso, pode ser tóxica, especialmente para indivíduos com fenilcetonúria (PKU), uma condição genética.
- Metanol: Um álcool que pode ser convertido em formaldeído e ácido fórmico, compostos tóxicos que têm sido associados ao risco de câncer em alguns estudos.
2. Formação de Compostos Tóxicos
Quando o aspartame é metabolizado, uma pequena quantidade de metanol é liberada. O metanol pode ser convertido em formaldeído, uma substância classificada como cancerígena pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC). O formaldeído pode causar danos ao DNA e às proteínas, levando a um aumento no risco de mutações celulares e, potencialmente, câncer.
3. Estudos em Animais
Vários estudos em animais sugeriram uma associação entre o consumo de aspartame e o desenvolvimento de câncer. Por exemplo:
- Estudos em ratos e camundongos mostraram um aumento na incidência de tumores, especialmente leucemias e linfomas, em animais expostos a altas doses de aspartame.
- Em estudos a longo prazo, alguns animais desenvolveram tumores no cérebro e no fígado quando consumiram grandes quantidades de aspartame ao longo de suas vidas.
4. Estudos Epidemiológicos
Os estudos epidemiológicos em humanos são menos conclusivos, mas alguns sugerem uma possível ligação entre o consumo de aspartame e um risco aumentado de certos tipos de câncer, como linfoma e leucemia. No entanto, muitos desses estudos enfrentam desafios metodológicos, como a dificuldade em medir a ingestão real de aspartame e a influência de fatores confusos.
5. Classificação pela IARC
A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) classificou o aspartame como “possivelmente carcinogênico para humanos” (Grupo 2B) em 2023. Esta classificação foi baseada em:
- Evidências limitadas de estudos em humanos.
- Evidências suficientes de estudos em animais experimentais.
- Evidências fortes de que o aspartame e seus produtos de degradação têm propriedades genotóxicas, isto é, podem causar danos ao DNA.
6. Controvérsia e Debates Científicos
A possível ligação entre o aspartame e o câncer é uma área de intenso debate científico. Enquanto alguns estudos e especialistas indicam riscos potenciais, outras pesquisas não encontraram uma associação clara. Muitos órgãos regulatórios, como a FDA (Food and Drug Administration) dos Estados Unidos e a EFSA (Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos), consideram o aspartame seguro quando consumido dentro dos limites estabelecidos, baseando-se em avaliações extensivas de segurança.
Logo a coca cola faz um vale e eles desistem, kkk