A demência é uma síndrome neurológica que se caracteriza pela deterioração progressiva da função cognitiva, incluindo a memória, o raciocínio, a linguagem e a capacidade de realizar atividades diárias. Geralmente causada por doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, a demência resulta em um declínio significativo na qualidade de vida e na independência da pessoa afetada, tornando-se uma das principais causas de dependência em idosos. Há estudos que sugerem que determinados comportamentos durante o chamado sono REM (Rapid Eye Movement, em inglês) podem servir como possíveis indicadores de risco para o desenvolvimento futuro de demência.
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Esses comportamentos, que ocorrem durante a fase mais profunda do sono, aproximadamente 90 minutos após o adormecimento, são frequentemente associados a sonhos vívidos e, por vezes, desagradáveis, levando a vocalizações e movimentos bruscos e violentos dos membros.
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Especialistas da Universidade de Toronto sugerem que esses sintomas, como gritos e chutes durante o sono REM, podem ser considerados como pré-sintomas de condições neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson. Um estudo liderado pelo professor associado do Departamento de Fisiologia da universidade, John Peever, identificou que as primeiras células cerebrais afetadas em condições como o Alzheimer são aquelas relacionadas ao controle do sono REM. No entanto, é importante ressaltar que, embora haja evidências nesse sentido, Peever destaca que o distúrbio comportamental do sono REM não representa necessariamente uma garantia de desenvolvimento posterior de problemas neurológicos.
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O sono REM é uma das fases do ciclo do sono humano. Durante o sono REM, ocorrem várias características distintas, como movimentos rápidos dos olhos (daí o nome), aumento da atividade cerebral, respiração rápida e irregular, aumento da frequência cardíaca e relaxamento dos músculos do corpo, exceto dos músculos oculares e dos músculos responsáveis pelos movimentos respiratórios.
O sono REM é conhecido por ser a fase do sono em que os sonhos mais vívidos e intensos ocorrem com maior frequência. Durante essa fase, os músculos voluntários ficam temporariamente paralisados para evitar que os sonhos sejam fisicamente representados, o que é conhecido como atonia muscular.
