A alimentação é uma das principais responsáveis pela nossa saúde. Quando a maior parte dos alimentos que consumimos são boas fontes de vitaminas e minerais, é mais provável que estejamos “em dia” com as necessidades do nosso corpo. Contudo, alguns elementos muitas vezes presentes no dia a dia podem ser, na verdade, grandes vilões da saúde. Esse é o caso dos óleos vegetais, que podem contribuir grandemente para a inflamação do organismo e para a oxidação do colesterol, um fator de risco que precisa ser evitado.
“Óleos de soja, de girassol, de milho, de canola, aumentam o risco de oxidar o colesterol. O colesterol tem perigo, principalmente o LDL, quando ele está oxidado. Não importa muito em quanto está o seu colesterol. Se ele está em níveis altos, mas não está oxidado, não tem nenhum perigo. O problema é quando ele está às vezes até ‘normal’, mas está oxidando. A oxidação do colesterol é o que a gente tem que tentar evitar”, explica o cardiologista José Trote Neto.
Segundo o especialista, o efeito que esse tipo de substância causa no organismo pode refletir na obstrução das artérias e, futuramente, causar problemas ainda mais sérios no coração.
O ideal, além dos cuidados básicos com a alimentação – garantindo uma dieta saudável e equilibrada – e com exercícios físicos, é fazer trocas inteligentes no dia a dia. A indicação do cardiologista é substituir os óleos tradicionais pelo óleo de coco, pela banha de porco, ou até pelo azeite de oliva, que é rico em ômega 9 – substância que tem componentes anti-inflamatórios.
Ômega 3
Além disso, a suplementação de ômega 3 também pode apresentar efeitos muito positivos no equilíbrio dos processos que acontecem dentro do organismo. Apesar de também ser uma gordura, o ômega 3 vai agir num processo reverso e ajudar na desinflamação.
Mas é possível que você se questione qual a necessidade de suplementar a substância se ela pode ser encontrada naturalmente em alguns alimentos. De acordo com Trote Neto, a ingestão diária de cápsulas de ômega 3 se faz necessária porque as doses do óleo encontradas na alimentação não são suficientes para provocar grandes benefícios.
“O ômega 3 tem dois componentes principais: o EPA e o DHA. O EPA é um óleo mais importante para desinflamar, para tentar neutralizar esse processo pró-inflamatório que está acontecendo. O DHA já é um óleo mais importante a nível cerebral, ele protege o cérebro. Então para pessoas idosas, pessoas que tenham risco de evoluir para Alzheimer, Parkinson, ele é essencial para prevenir e tratar essas doenças”, cita.
A recomendação de ômega 3, no entanto, precisa ser feita por um médico. Somente um especialista pode avaliar caso a caso e receitar as doses necessárias para cada indivíduo.
A informações do cardiologista José Trote Neto foram divulgadas durante uma entrevista do médico no meu canal no Youtube. Para conferir esse e outros conteúdos, clique aqui e se inscreva.