Na Índia, um adolescente de 14 anos faleceu após contrair o mortal vírus Nipah, conforme confirmado pelas autoridades locais. A morte ocorreu no domingo (21 de julho) no estado de Kerala, apenas um dia após o jovem ter sido infectado, ressaltando a rápida progressão e letalidade deste patógeno.
O vírus Nipah é classificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um patógeno com alto potencial epidêmico. Sua inclusão na lista de vírus prioritários da OMS deve-se à ausência de uma vacina ou tratamento específico, tornando a prevenção e o controle ainda mais desafiadores.
- Receba os conteúdos de Fernando Beteti pelo WhatsApp
- Receba os conteúdos de Fernando Beteti pelo Telegram
Com a morte do adolescente, as autoridades de Kerala tomaram medidas imediatas para rastrear e monitorar as pessoas que tiveram contato com a vítima. Atualmente, mais de 200 indivíduos estão sendo observados, dos quais 60 são considerados de alto risco. Para conter a possível propagação do vírus, os moradores da região foram orientados a usar máscaras.
Entendendo a transmissão do vírus Nipah
De acordo com a OMS, o vírus Nipah é zoonótico, ou seja, é transmitido de animais para humanos. Os principais reservatórios naturais do vírus são os morcegos frugívoros, mas ele também pode ser transmitido por porcos e através de alimentos contaminados. Além disso, o contato direto com uma pessoa infectada é outra via de transmissão.
- LEIA TAMBÉM
- Entenda, em cinco pontos, por que o vírus da Covid-19 provavelmente foi criado em laboratório
- Bactéria mortal: recorde de diagnósticos coloca Japão em alerta máximo
- Nova pandemia já chegou aos animais; ela atingirá os humanos?
- AstraZeneca é processada por efeitos adversos de vacina da Covid-19: ‘incapacidade de se manter em pé’
Ao infectar humanos, o vírus ataca principalmente o sistema respiratório e o sistema nervoso central. Os sintomas podem variar desde sinais semelhantes aos da gripe, como febre, dor de cabeça, dor muscular, fadiga e tontura, até dificuldades respiratórias e encefalite. Nos casos mais graves, a infecção pode levar ao coma e à morte. Sobreviventes frequentemente enfrentam sequelas neurológicas de longo prazo.
Diagnóstico e taxa de mortalidade
O diagnóstico do vírus Nipah é realizado através da análise do histórico clínico do paciente e de testes laboratoriais, como a reação em cadeia da polimerase em tempo real (RT-PCR) em fluidos corporais e a detecção de anticorpos por ensaio imunoenzimático (ELISA). Outros métodos incluem a PCR e o isolamento do vírus por cultura de células.
A taxa de mortalidade associada ao vírus Nipah é alarmantemente alta, chegando a 70%. Sem uma cura ou vacina disponível, o tratamento é limitado ao controle dos sintomas e aos cuidados de suporte, enfatizando a necessidade de vigilância constante e de medidas preventivas eficazes para evitar surtos futuros.
A morte do jovem em Kerala é um trágico lembrete da ameaça contínua representada pelo vírus Nipah. As autoridades de saúde estão em alerta máximo para evitar a propagação da doença, mas a falta de tratamentos específicos sublinha a urgência de pesquisas e desenvolvimento de medidas preventivas. O público é instado a seguir as orientações de saúde para proteger a si mesmos e aos outros, enquanto a comunidade científica continua a busca por uma solução definitiva contra este patógeno letal.
Reportagem importante é interessante. Mas, poderia ser menos repetitiva. Algumas frases aparecem mais de uma vez no mesmo texto, sem nada acrescentar.Na gíria, chamamos isso de ” encher linguiça “. Recurso mais utilizado por quem tem pouco a dizer…