Um pressentimento paternal salvou a vida da médica Juliana Chiumento, que alterou sua passagem e evitou embarcar no voo 2283 da VoePass, avião que caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, na sexta-feira, 9 de agosto. A decisão de Juliana foi influenciada por um áudio enviado por seu pai, Altermir Chiumento, sugerindo que ela adiasse a viagem para o sábado, 10 de agosto, um dia após o acidente.
“Então filha, se você conseguir ir para sábado, vai sábado de manhã. Melhor, vai mais sossegada, tranquila, de boa. Chegue tardezinho lá, descansa, vê aí, que se você conseguir marcar pra sábado, você marca pra sábado”, disse, no áudio.
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Em entrevista à TV Globo, Altermir revelou que teve um forte “pressentimento de pai”, o que o levou a enviar a mensagem que, sem saber, acabaria salvando a vida de sua filha.Eu disse ‘filha, fica mais um [dia] com o pai aqui’ e ela disse que ia tentar remarcar para sábado. […] estou todo dia orando pelos meus filhos. […] muitos motivos para agradecer”, relembrou o pai da médica.
Entre as vítimas do trágico acidente estavam amigos próximos da médica. Abalada, mas profundamente agradecida, Juliana publicou um vídeo em suas redes sociais narrando sua experiência e expressando gratidão. Ela explicou que viaja frequentemente entre Rio de Janeiro e Cascavel, sempre fazendo conexão em Guarulhos. “Toda vez que eu colocar os pés neste aeroporto, subir em um avião, vou lembrar desse livramento que Deus me deu”, contou a médica.
Em suas redes sociais, a dermatologista agradeceu a Deus pelo que descreveu como um verdadeiro “livramento”. “Queria exaltar o nome de Deus, porque ele me deu um livramento. Eu não tenho dúvida de que foi um livramento de Deus, declarou, enquanto lamentava profundamente a perda das vítimas do desastre aéreo.
O acidente deixou 62 vítimas, a maioria delas residentes do Paraná, de onde partiu a aeronave. Também estavam a bordo passageiros de São Paulo, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro, além de quatro brasileiros com dupla cidadania, sendo três venezuelanos e uma portuguesa.
As famílias das vítimas estão sendo acolhidas em um hotel no centro de São Paulo, onde recebem apoio psicológico e jurídico antes de serem encaminhadas ao Instituto Oscar Freire. No local, estão sendo realizadas entrevistas para a coleta de características que possam auxiliar no reconhecimento dos corpos. Todos os corpos já foram removidos do local do acidente e encaminhados ao Instituto Médico Legal Central, em São Paulo, mas ainda não há previsão para a liberação dos mesmos.
Em Vinhedo, as autoridades realizam a remoção dos motores e da cauda da aeronave para a perícia. Parte do material será enviada ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que deverá apresentar um relatório preliminar sobre as causas do acidente dentro de 30 dias.
Com informações do Metrópoles e G1
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