Após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar a Mpox como uma emergência em saúde pública de importância internacional, dúvidas sobre a possibilidade de novos mega lockdowns se espalharam rapidamente pelas redes sociais. No entanto, oficialmente, a OMS não recomenda que os Estados-membros implementem qualquer tipo de isolamento social em massa para conter a transmissão da doença, ao contrário do que aconteceu durante a pandemia de covid-19.
No dia 14, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou oficialmente a emergência global por mpox em um vídeo de 53 minutos no canal oficial da organização no YouTube.
“A detecção e a rápida disseminação de uma nova variante de mpox na República Democrática do Congo, a detecção dessa mesma variante em países vizinhos que não haviam reportado casos da doença anteriormente e o potencial de disseminação em toda a África e além são muito preocupantes”, disse Tedros, à época, apelando por uma ação coordenada para conter a situação e salvar vidas.
Dois dias após a declaração e diante de um caso da nova variante registrado na Suécia, o primeiro fora do continente africano, Tedros fez nova declaração. “Encorajamos todos os países a ampliar a vigilância, compartilhar dados e trabalhar para compreender melhor a transmissão; a compartilhar ferramentas como vacinas; e a aplicar as lições aprendidas em emergências de saúde pública de interesse internacional anteriores”, escreveu Tedros, em seu perfil na rede social X.
A Mpox, chamada anteriormente de varíola dos macacos, é uma doença zoonótica com potencial de se espalhar rapidamente, tem gerado preocupação global. Em entrevista ao canal Fernando Beteti, a Dra. Andreia Mombach, que é PhD em Naturopatia e biomédica, discutiu as controvérsias e desafios no tratamento dessa nova ameaça.
A Mpox é um desdobramento de uma doença que já assombra a humanidade há mais de 3.000 anos. Com sintomas que vão desde erupções cutâneas até febre e dores musculares, essa doença pode ter complicações graves e é transmitida principalmente por contato direto com lesões de pele ou fluidos corporais.
O tratamento da varíola dos macacos é um dos tópicos mais discutidos atualmente. Enquanto antivirais como o tecovirimat e o brincidofovir têm mostrado promessas, Dra. Mombach destaca as terapias naturais, como a medicina tradicional chinesa e indiana, que estão sendo exploradas como alternativas ou complementos aos tratamentos convencionais. Porém, independentemente do tratamento, a prevenção continua sendo a melhor defesa. Fortalecer o sistema imunológico com uma dieta equilibrada, exercícios físicos e controle do estresse são essenciais. Além disso, a higiene rigorosa e o isolamento de infectados são medidas cruciais para evitar a propagação da doença.