A miocardite, uma inflamação do músculo cardíaco, tornou-se assunto recorrente desde o início da pandemia do coronavírus. O problema, inclusive, está na lista de reações adversas de um imunizante contra a covid-19, fato este relatado na bula do medicamento.
A miocardite, de modo geral, ocorre porque o sistema imunológico causa uma inflamação no organismo em resposta a uma infecção ou outros fatores. Os sintomas podem variar entre pacientes, mas incluem dor no peito, falta de ar e palpitações.
Segundo o cardiologista José Trote Neto, a miocardite, em grande parte dos casos, se resolve naturalmente, sem exigir intervenções médicas. Contudo, apesar de não precisar de tratamentos específicos na maioria das vezes, a lesão vai continuar ali e, nos casos mais brandos, não vai causar problemas ao paciente.
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“Quando a área atingida é maior, aí existem riscos de evoluir com insuficiência cardíaca, com arritmias graves. E em casos extremos tem que se fazer um tratamento mais agressivo, às vezes até ablação. De um modo geral, o que a gente vai tratar serão as eventuais complicações que venham a se apresentar depois. Então, aqueles pacientes que evoluem com insuficiência cardíaca têm que ser tratados com medicamentos para insuficiência cardíaca. Não existe um tratamento específico para miocardite”, explica o especialista.
Apesar de ser causada por uma infecção, a miocardite pode ser minimizada em casos onde há cuidados do próprio paciente com o coração. De acordo com Trote Neto, a suplementação é um dos fatores que podem atuar como proteção para o órgão e ajudar, muitas vezes, a recuperar a área que foi lesionada.
Suplementação
O cardiologista destaca que o uso de suplementos precisa sempre ser feito com o acompanhamento de um especialista, mas alguns tipos de suplementação são inquestionáveis. É o caso do magnésio, que além de contribuir para a saúde do coração, também beneficia o cérebro, os ossos e a tireóide, por exemplo.
“[O magnésio ajuda] não só com a arritmia, mas aqueles pacientes que evoluem com insuficiência cardíaca, ele ajuda a melhorar a contratilidade no médio e longo prazo”, afirma.
A coenzima Q10, a astaxantina, o resveratrol, o ômega 3, a carnitina, a d-ribose e a vitamina D também são exemplos de suplementos que contribuem para a saúde cardíaca.
“Tem vários suplementos que você pode utilizar, em doses otimizadas. Mantendo esses pacientes usando esses suplementos, muitas vezes a gente consegue até reduzir doses de medicamentos, às vezes até suspender, uma vez que eles estão usando suplementos, que são muito mais seguros. Fazendo isso, diminui-se muito o risco de eventuais complicações que o paciente possa ter, mesmo que ele já tenha tido miocardite”, complementa o cardiologista.:
Estou com Miocardite, tomando remédio pós pandemia, doença complicada coração bate errado gera preocupação, não me deixa dormir direito, estou fazendo acompanhamento, mas está complicado.