O médico e pesquisador Eric Verdin, de 68 anos, dedica sua carreira ao estudo da longevidade e à busca por formas eficazes de prevenir doenças e promover um envelhecimento saudável. Recentemente, ele revelou ter reduzido sua idade biológica em até 15 anos, um feito que atribui à adoção de um estilo de vida inspirado na dieta mediterrânea e à eliminação de três tipos de alimentos de sua rotina.
Monitoramento da saúde e ajuste na rotina
Nos últimos dez anos, Verdin tem utilizado dispositivos como smartwatches e realizado centenas de exames de sangue para acompanhar sua saúde em tempo real. Com base nesses dados, ele fez mudanças graduais em sua rotina para otimizar o funcionamento do organismo e retardar os efeitos do envelhecimento.
Os resultados são impressionantes: apesar de ter uma idade cronológica de 68 anos, seus indicadores de saúde apontam que sua idade biológica varia entre 48 e 53 anos. Para ele, o segredo da longevidade está em fatores-chave como alimentação equilibrada, sono de qualidade, atividade física regular, controle do estresse e manutenção de boas relações sociais.
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Idade cronológica x idade biológica: qual a diferença?
A idade cronológica é a contagem dos anos vividos desde o nascimento, enquanto a idade biológica reflete o real estado de envelhecimento do organismo. Essa diferença ocorre porque o envelhecimento é influenciado por fatores genéticos e ambientais, além de hábitos diários.
A idade biológica é determinada por biomarcadores como inflamação, níveis de colesterol e pressão arterial. Assim, um estilo de vida saudável pode ajudar a retardar o processo de envelhecimento e aumentar a expectativa de vida com qualidade.
A dieta mediterrânea como pilar da longevidade
Para manter sua saúde, Verdin segue a dieta mediterrânea, reconhecida mundialmente como uma das mais saudáveis. Essa abordagem alimentar prioriza o consumo de frutas, vegetais, grãos integrais, legumes, nozes, sementes e peixes como principais fontes de proteína. Estudos demonstram que esse padrão alimentar reduz o risco de doenças cardiovasculares, melhora a saúde cognitiva e contribui para a longevidade.
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Os três alimentos que Verdin evita
Mesmo valorizando a alimentação equilibrada, Verdin defende que evitar certos alimentos pode ser tão importante quanto consumir os nutrientes corretos. Segundo ele, três grupos alimentares devem ser eliminados ou reduzidos para garantir um envelhecimento saudável:
1 — Alimentos ultraprocessados
Produtos ultraprocessados são ricos em gorduras, açúcar e sal, tornando-se prejudiciais para a saúde em diversos aspectos. Estudos associam seu consumo ao desenvolvimento de 32 doenças diferentes, incluindo obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e vários tipos de câncer. Evitar esses alimentos contribui para a redução da inflamação no organismo e melhora a função metabólica.
2 — Suco de frutas
Embora frutas inteiras sejam altamente recomendadas por seus benefícios nutricionais, Verdin evita sucos de frutas. Segundo ele, a bebida tem alto teor de açúcar e carece das fibras presentes na fruta in natura, resultando em picos de insulina e aumento do risco de resistência à insulina, condição que pode levar ao diabetes tipo 2.
3 — Bebidas alcoólicas
O médico também optou por eliminar o álcool de sua rotina. Ele costumava beber uma taça de vinho diariamente com sua esposa, mas percebeu que seu sono e níveis de energia melhoraram significativamente quando parou com o hábito durante a pandemia. Desde então, ele consome vinho apenas em ocasiões especiais, evitando o consumo regular de bebidas alcoólicas.
Alimentos certos e um caminho possível para o envelhecimento saudável
A experiência de Eric Verdin reforça que a longevidade não depende apenas da genética, mas também de escolhas diárias que impactam diretamente na saúde do organismo. Adotar uma alimentação balanceada, manter um estilo de vida ativo e evitar alimentos prejudiciais pode ser a chave para um envelhecimento saudável e com mais qualidade de vida.
Muito bom, parabéns seu trabalho sempre me surpreende.