Depois de relatos de clientes com diversos problemas de saúde, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou uma medida mais drástica nesta sexta-feira, 10. De acordo com o órgão, todas as pomadas para modelar e trançar cabelos estão com a comercialização proibida. Portanto, enquanto a medida estiver em vigor, nenhum lote de qualquer desses produtos pode ser comercializado e não deve ser utilizado por consumidores e profissionais de beleza.
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Ainda de acordo com a Anvisa, mesmo produtos adquiridos anteriormente e existentes nas residências ou em salões de beleza não devem ser utilizados neste momento.
Orientações sobre esses produtos para cabelos
Consumidor
- Não use ou adquira esses produtos para cabelos.
- Se fez uso recente, lave os cabelos com cuidado, sempre lembrando de inclinar a cabeça para trás, para que o produto não entre em contato com os olhos.
- Em caso de contato acidental com os olhos, lave imediatamente os olhos com água em abundância.
- Em caso de qualquer efeito indesejado, procure imediatamente o serviço de saúde mais próximo de você.
- Em caso de efeito indesejado, notifique o caso à Anvisa por meio do endereço https://pesquisa.anvisa.gov.br/index.php/368782?lang=pt-BR
Profissionais, salões e comércio em geral
- Não utilizem esses produtos para cabelos em nenhum cliente.
- O manuseio do produto também pode trazer risco aos aplicadores.
- Não comercialize esses produtos enquanto a medida estiver em vigor.
- Não existe determinação de recolhimento de todos os produtos no momento, mas o produto deve ficar separado e não deve ser exposto ao consumo
Entenda o caso
A decisão é resultado de uma avaliação de risco feita pela Anvisa e adotada após aumento do número de casos de efeitos indesejáveis graves associados ao uso desse tipo de produto.
Entre os eventos relatados pelos usuários estão cegueira temporária (perda temporária da visão), forte ardência nos olhos, lacrimejamento intenso, coceira, vermelhidão, inchaço ocular e dor de cabeça. Segundo as informações disponíveis, os eventos ocorreram, principalmente, com pessoas que tomaram banhos de mar, piscina ou mesmo de chuva após terem feito uso dos produtos.
A interdição cautelar é uma medida preventiva e temporária. Assim, ela permanece vigente enquanto realizam-se testes, provas, análises ou outras providências requeridas para a investigação e a conclusão do caso.