Ao lado do feijão, o arroz branco é ingrediente indispensável na mesa de grande parte dos brasileiros. Entretanto, pesquisadores do American College Of Cardiology, nos Estados Unidos, afirmam que o consumo excessivo do alimento pode ocasionar graves complicações à saúde.
Isso porque, segundo a pesquisa, exagerar no consumo de grãos refinados, como por exemplo o arroz branco, eleva o risco do desenvolvimento de doenças no coração. De acordo com o estudo, os riscos são os mesmos que os verificados quando se ingere doces açucarados e guloseimas ricas em gordura.
Para chegar a esses resultados, recrutou-se mais de 2 mil pacientes com doença arterial coronariana prematura.
Assim sendo, aproximadamente 1,1 mil pessoas saudáveis foram incluídas no estudo como grupo controle. Por outro lado, 1,3 mil pacientes foram diagnosticados com obstruções nas artérias. Todos receberam questionários sobre frequência alimentar.
Qual alternativa ao arroz branco?
Dessa maneira, a conclusão dos cientistas é que aqueles que comiam mais grãos refinados apresentavam maior risco de desenvolver doença arterial coronariana prematura. Além disso, o consumo de grãos integrais representou uma diminuição no risco de desenvolver a enfermidade.
Segundo os pesquisadores, a resposta para esse quadro é que grãos refinados, caso do arroz branco, são decompostos rapidamente pelo corpo. Então, há um aumento de glicose no sangue após as refeições. Com o tempo, a glicemia pode danificar os vasos sanguíneos e os nervos que controlam o coração e causar a formação de placas nas paredes das artérias.
Além disso, grãos refinados processados ainda perdem alguns nutrientes essenciais, apesar de terem a sua vida útil aumentada. Entretanto, grãos integrais não passam pelo processo.
“Existem muitos fatores pelos quais as pessoas podem estar consumindo grãos mais refinados em oposição aos integrais. Por exemplo, alguns dos fatores mais importantes a serem considerados incluem a economia e renda, emprego, educação, cultura, idade e outros fatores semelhantes”, explica Mohammad Amin Khajavi Gaskareim, principal autor do estudo, em comunicado.