A história de inspiração da paranaense Lu Dorini, de 43 anos, ganhou um novo capítulo. Após quase morrer por causa de uma hemorragia, e se submeter a uma complexa cirurgia plástica, a escritora e palestrante deu um novo exemplo de superação.
O caso de Luciana Kele Dorini já é conhecido. Ela explica que nasceu com uma pequena mancha no queixo, como se fosse uma picada de inseto. Aos 8 meses, quando comia papinha, teve uma hemorragia importante na gengiva que a levou à primeira de uma série de cirurgias. Gradativamente, o que era uma mancha pequena começou a ganhar volume e os especialistas chegaram ao diagnóstico de hemangioma.
Hemangiomas infantis são tumores benignos que fazem parte da família das anomalias vasculares. Na maioria dos casos ele regridem espontaneamente ou com uso de medicação. Já no caso de Lu Dorini, o quadro evoluiu para uma malformação arteriovenosa (MAV), que é um emaranhado de veias, irrigadas por quatro artérias.
Para Lu Dorini se esconder o se vitimizar nunca foi uma opção, mesmo com os problemas enfrentados desde a infância. Assim, ela decidiu contar a sua história para inspirar mulheres e dar uma lição de vida a todos. Porém, em entrevista ao canal Fernando Beteti – Repórter Saúde, no YouTube, ela conta que após 10 anos sem sangramentos, a situação mudou.
“Em novembro de 2021 a gente notou, com os dois cirurgiões que me acompanhavam em Curitiba, que o hemangioma estava aumentando na região perto do lábio inferior. Assim, resolvemos fazer mais uma embolização para tentar parar crescimento”, relatou ela, destacando que depois do procedimento começou a ter problemas mais sérios. “O produto foi até a gengiva e acabou necrosando o local. (…) Eu fiquei, acredito, quatro ou cinco meses tendo sangramentos diários”.
Dr. Dov Goldenberg
Após seguidas melhoras e pioras em seu quadro, Lu Dorini chegou ao nome do Dr. Dov Goldenberg, cirurgião plástico especialista em cirurgias reparadoras. No entanto, na véspera de viajar para consultar com o médico, em São Paulo, ela passou pela mais angustiante experiência de sua vida.
“Eu iria para São Paulo no dia 18 para ser atendida dia 19 de maio. Só que no dia 17 de maio eu tive uma grande hemorragia. Alguns médicos compararam com o rompimento de uma artéria central. Foi uma coisa, assim, que de jorrar sangue. Percebi que estava sangrando porque eu senti minhas pernas quentes. Como eu estava menstruada no dia, achei que tivesse acontecido uma hemorragia por menstruação”, relata.
A hemorragia ocorreu na cidade onde Lu mora, em Mangueirinha. De lá, ela foi levada para Pato Branco, que é o polo regional de saúde. Entretanto, uma segunda grande hemorragia pegou ela e a equipe médica de surpresa.
“Não sei dizer a quantidade de sangue, mas era completamente assustador. As enfermeiras seguravam com as duas mãos empurrando meu rosto para tentar estancar, mas sem sucesso. Quando o médico chegou eu já estava entrando em choque. Eu só lembro que ele dizia: ‘fica’ ou ‘fica’”.
“Me levaram para o centro cirúrgico. Antes, eu me despedi dos meus pais. Depois meu irmão foi lá dentro do centro cirúrgico ‘brigar’ e pedir para eu não desistir. Mas para mim não era uma resistência. Para mim parecia que a minha missão já tinha sido cumprida e que era hora de ir para outra missão lá em cima”.
A intervenção cirúrgica foi bem-sucedida e depois de dois dias na UTI e outros 12 no quarto, Lu foi levada de UTI aérea para São Paulo. “Chegando lá eu fui direto para o hospital. O Dr. Dov me explicou como seria o procedimento. Eu não entendi direito como eu ia ficar. E também não me interessava muito essa questão da aparência. Eu só queria estar viva. E eu que sofro de ansiedade não tive isso em momento algum. Quando eu saí do hospital, senti que tinha uma vida nova pela frente”, comemorou.
A cirurgia durou entre cinco e seis horas, o que segundo relatou Dr, Dov Goldenberg, em entrevista no canal Fernando Beteti – Repórter Saúde, estava dentro do planejado. “Meu objetivo era remover o máximo que eu pudesse da lesão, sabendo que existia uma possibilidade de eu precisar complementar essa remoção. Então para o tipo de problema vascular que a Lu tem, o tratamento cirúrgico é curativo, que é quando a gente consegue remover toda a lesão, não obrigatoriamente em um único momento”, esclarece.
“Foi possível remover quase tudo. Isso porque um pouco da lesão da Lu ainda tinha o próprio osso e a região da gengiva. Ainda há uma etapa por vir, que é a reconstrução final, mas que é preciso esperar um tempo até que ela possa ser realizada”.
Mensagem
Para Lu Dorini, a lição que fica de todo esse episódio entre quase perder a vida e ser submetida a uma cirurgia transformadora é uma só: aproveitar o momento, o presente.
“Esse é o melhor momento da sua vida. Então, não deixe para tentar ser feliz depois. Não deixe para ser feliz amanhã. Não deixe para abraçar seu filho amanhã. Não deixe para dizer ‘eu te amo’ amanhã. Faça isso agora. Faça agora aquilo que te fizer bem. Porque o presente da vida é o presente. Vamos viver esse momento”.
Lu Dorini
Assista a entrevista completa no canal Fernando Beteti – Repórter Saúde, no YouTube
Reportagem publicada originalmente em 8 de agosto de 2022
Eu acho que não custa informar a ela que existem casos assim que são espirituais. E isso acontece mesmo que a pessoa seja alguém de bom coração. Por isso acredito qur as igrejas cristãs deveriam fazer oração forte e exorcismo todos os dias ASSIM como o SENHOR JESUS CRISTO e seus discípulos faziam TODOS OS DIAS.
Tenho que concordar com a Igreja Universal. Atende qq um, de graça e na hora, sem titubear.