O magnésio é considerado um dos minerais mais importantes para o corpo humano. Presente em alimentos que consumimos no dia a dia, os níveis da substância precisam se manter controlados para garantir o bom desempenho de muitas funções biológicas, incluindo o funcionamento correto do coração.
Dr. Arnoldo Velloso faleceu no dia 5 de julho deste ano, mas deixou um importante legado para a medicina integrativa. Ele morreu aos 92 anos, enquanto dormia e foi um dos grandes estudiosos do magnésio.
Para ele, a importância no mineral é tamanha que uma deficiência severa da substância poderia levar à morte. “Como nós vemos, só pelo fato de nascermos onde ele é abundante, nós podemos ter chance de viver mais. A gente vê que ele [magnésio] participa, pelo menos em grande parte, desse fenômeno de evitar as doenças cardiovasculares”, disse o especialista durante entrevista concedida a mim há alguns anos (para assisti-la clique aqui ou veja abaixo).
Coração
Durante o bate-papo, o médico disse que o magnésio está diretamente associado ao bom desempenho cardíaco. Segundo ele, o coração tem um trabalho imenso no corpo humano, batendo milhares de vezes ao dia para garantir diversas funções biológicas, e precisa da energia proporcionada pelo magnésio para funcionar corretamente.
“Uma coisa que pouca gente sabe é que existe uma reserva [de magnésio] nos ossos até os 55 anos. Quer dizer, os ossos têm uma espécie de cofre que libera magnésio em casos de emergência. 10 gramas de magnésio está disponível ali. Depois dos 55 anos, esse depósito fica indisponível, e isso é muito desagradável”, ressaltou ele.
Muitos estresses percebidos pelo corpo humano provocam uma demanda maior de magnésio. O uso frequente e uma possível falta da substância no corpo, então, podem desencadear outros problemas de saúde. “Quando a pessoa fica mais idosa, é mais difícil suprir. Às vezes, o suprimento tem que ser até por via intravenosa”, citou.
Quanto de magnésio meu corpo precisa?
Para ficar de olho na sua saúde, é preciso entender quanto de magnésio o corpo de uma pessoa diariamente. De acordo com o médico, o nível exigido depende das condições de vida de cada um. Mas, em geral, os indivíduos vão necessitar de aproximadamente 500 miligramas por dia.
Sendo assim, para garantir a boa disposição de magnésio no corpo, manter uma alimentação balanceada e rica em fontes do nutriente pode ajudar. É importante consumir boas fontes da substância são nozes, amêndoas, castanhas em geral e frutas.
Em alguns casos, contudo, vai ser preciso suplementar. E para isso, é necessário o acompanhamento de um especialista. Isso porque, atualmente, são conhecidos alguns tipos de suplementos de magnésio. Confira:
Magnésio Dimalato
O “Dimalato” em seu nome se refere ao Ácido Málico, que é presente em nosso organismo e na composição de algumas frutas. Ele tem uma ligação com a produção de energia no organismo. Por isso, é muito importante para a assimilação do magnésio nas relações químicas, principalmente no Ciclo de Krebs, que fornece energia a nossas células.
O Ácido Málico desempenha um papel essencial na recuperação muscular após atividades físicas, melhorando a fraqueza, fadiga e cansaço. Por ter uma absorção mais gradual, tem uma tendência menor ao desconforto gástrico e intestinal.
Cloreto de Magnésio
Associado ao cloro, o magnésio aumenta sua capacidade de absorção no pâncreas e fígado, além de estimular a produção de insulina e a metabolização da glicose, fatores importantes para pessoas com diabetes.
É comprovadamente relevante na redução de glicose no plasma sanguíneo e, somado ao cloreto, contribui também para a diminuição de triglicerídeos e com o aumento da produção de HDL, o chamado colesterol bom.
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