A fibromialgia, uma condição crônica caracterizada por dor muscular generalizada e fadiga, há muito tempo é considerada um enigma na medicina convencional. Embora seja comum ouvir que “não tem cura”, novas abordagens terapêuticas estão desafiando essa visão, especialmente no campo da naturopatia. Dra. Andreia Mombach, que é PhD em Naturopatia e biomédica, trouxe em entrevista ao canal Fernando Beteti, uma abordagem da fibromialgia sob um prisma pouco explorado: a relação entre dores físicas e conflitos emocionais.
A Dor como Manifestação de Conflitos Internos
De acordo com Dra. Andréia, a dor na fibromialgia não deve ser vista apenas como um sintoma físico, mas como uma expressão de conflitos emocionais profundos e muitas vezes não resolvidos. Essa visão desvia-se da abordagem tradicional, que foca em suprimir a dor com medicamentos. A naturopatia, por outro lado, busca entender a dor dentro do contexto emocional e psicológico do paciente. “A dor é uma professora”, afirma Dra. Andréia, “ela oferece lições valiosas sobre autoconhecimento e a necessidade de autovalorização.”
Essa abordagem sugere que, em vez de apenas tratar os sintomas, é crucial abordar as causas subjacentes – os conflitos emocionais que podem estar alimentando a dor. Esses conflitos podem variar desde traumas passados até estresses cotidianos, como problemas familiares ou pressões no trabalho.
A Fibromialgia: Uma Doença Sem Cura?
Muitas vezes rotulada como uma doença “sem cura”, a fibromialgia é geralmente tratada com uma série de medicamentos destinados a aliviar a dor. No entanto, Dra. Andréia propõe que essa abordagem pode ser insuficiente. Em vez de simplesmente controlar os sintomas, ela defende a importância de explorar e resolver os conflitos emocionais que podem estar na raiz da condição.
Por exemplo, um paciente pode relatar dores severas e difusas, mas, ao explorar sua história de vida e os estresses recentes, pode-se descobrir que esses sintomas começaram após um evento emocional significativo, como uma perda pessoal ou um conflito familiar. “Quando a dor se manifesta, entendemos que faz parte de um processo natural de cura que ocorre após a resolução de um conflito”, explica a naturopata.
- Receba os conteúdos de Fernando Beteti pelo WhatsApp
- Receba os conteúdos de Fernando Beteti pelo Telegram
Traumas Emocionais e Seus Efeitos Físicos
A conexão entre a mente e o corpo é cada vez mais reconhecida, e no caso da fibromialgia, essa conexão pode ser crucial para entender e tratar a condição. Traumas emocionais, como desentendimentos com familiares ou tensões no ambiente de trabalho, podem desencadear reações físicas intensas. Essas reações, como aumento nos níveis de cortisol (o hormônio do estresse), podem levar a uma série de sintomas físicos, incluindo dor crônica, tensão muscular, espasmos e até mesmo queda de cabelo.
O processo de cura, portanto, não se resume a eliminar a dor, mas a entender e resolver os conflitos emocionais que a alimentam. Dra. Andréia destaca que essa abordagem holística não exclui a possibilidade de que haja componentes físicos na fibromialgia, mas enfatiza que a parte emocional muitas vezes desempenha um papel central.
Dor de Cabeça e Identidade: Outra Faceta dos Conflitos Emocionais
A live também abordou como outras condições, como dores de cabeça crônicas, podem estar associadas a conflitos emocionais, especialmente aqueles relacionados à identidade e autocrítica. Pessoas que se sentem pressionadas a ter sucesso ou que lutam com questões de autovalorização podem manifestar essas tensões na forma de enxaquecas e outras dores de cabeça.
“Tudo está interligado”, afirma Dra. Andréia. A compreensão de que fatores emocionais e físicos não só coexistem, mas também se alimentam mutuamente, é essencial para um tratamento eficaz e duradouro.
A Nova Abordagem para o Tratamento da Fibromialgia
Dra. Andréia sugere que, para tratar a fibromialgia de forma eficaz, é necessário um enfoque integrado que vá além dos remédios convencionais. O tratamento deve incluir intervenções emocionais e psicológicas, como terapia, práticas de autoconhecimento e técnicas de relaxamento. O objetivo é ajudar o paciente a resolver os conflitos que podem estar na origem de sua dor, promovendo assim uma cura mais profunda e duradoura.