Em entrevista ao canal Fernando Beteti, o fitoterapeuta e neurocientista Dr. Julio Luchmann, que também é doutorando em Naturopatia, abordou um tema ainda pouco explorado na medicina tradicional: a influência do tipo sanguíneo na saúde do sistema imunológico, nas doenças crônicas e nos hábitos alimentares e de hidratação.
Com uma abordagem diferenciada, Dr. Julio explicou que cada tipo sanguíneo reage de maneira distinta a dietas, ingestão de água e agentes externos, o que pode influenciar desde a digestão até a predisposição a doenças autoimunes e metabólicas.
Segundo o especialista, os tipos de sangue impactam diretamente a reatividade do sistema imune. Pessoas com sangue tipo O e B, por exemplo, apresentam um sistema imunológico mais ativo, o que pode trazer tanto benefícios quanto riscos.
“Se eu entupir pessoas do sangue do tipo O de água eu posso criar uma intoxicação, que a gente chama de hipernatremia. Existe a hiponatremia, que é a falta de água e gera enxaqueca, dor de cabeça, uma série de problemas, e existe a hipernatremia. Por exemplo, uma pessoa que tem tipo sanguíneo O vai tomar uma dose de água por vez, um copo de 300 ml, 400 ml ou 500 ml, algumas vezes durante o dia. Se eu der água de golinho para quem é sangue O e sangue B o dia inteiro eu vou causar confusão no intestino dele. Ele vai ter problema no fígado, problema intestinal. Por outro lado, pessoas que tem sangue do tipo A aceitam isso com muito mais facilidade”, disse.
Tipo sanguíneo e sistema imunológico: entenda a relação
Dr. Julio destacou que indivíduos com sangue tipo O e B têm uma resposta imune mais intensa, o que pode favorecer a resistência a infecções. No entanto, esse mesmo fator está associado a um maior risco de desenvolver doenças autoimunes, como artrite reumatoide e lúpus, além de resistência à insulina e tendência ao diabetes.
Já as pessoas com sangue tipo A apresentam um sistema imunológico mais frágil, o que paradoxalmente está relacionado a menor incidência de alguns tipos de câncer, devido a uma alcalinidade corporal ligeiramente superior.
Hidratação deve variar conforme o tipo sanguíneo
Um dos pontos mais curiosos da entrevista foi a explicação sobre a necessidade de adaptar o consumo de água conforme o tipo sanguíneo. De acordo com Dr. Julio, a forma e a quantidade de ingestão de água podem gerar efeitos diferentes em cada organismo.
Ele alerta para os riscos da hipernatremia em pessoas do tipo O, causados pelo excesso de água, e afirma que beber pequenas quantidades durante o dia pode ser prejudicial para alguns perfis sanguíneos, especialmente os tipos O e B.
Melhores alimentos para cada tipo de sangue
Durante a conversa, o neurocientista também respondeu sobre os alimentos ideais para cada tipo sanguíneo, destacando a importância de personalizar a alimentação conforme o perfil genético e imunológico:
- Tipo A: deve priorizar o consumo de vegetais, legumes e fibras. A combinação de frutas e verduras é bem tolerada.
- Tipo B: se beneficia de uma dieta rica em proteínas, castanhas e alimentos não perecíveis. O jejum intermitente também é recomendado.
- Tipo O: deve incluir carnes, ovos, castanhas e nozes na alimentação, evitando o excesso de frutas e verduras, especialmente à noite.
Microbiota intestinal também varia conforme o sangue
Outro destaque da entrevista foi a relação entre o tipo de sangue e a microbiota intestinal. Segundo Dr. Julio, essa composição de bactérias benéficas varia entre os grupos sanguíneos e pode influenciar a digestão e a fermentação dos alimentos, impactando diretamente a saúde intestinal.
A entrevista completa pode ser assistida no canal de Fernando Beteti no YouTube, onde temas como medicina integrativa, naturopatia e fitoterapia são discutidos com profundidade por especialistas da área.
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