A Neuralink, empresa de tecnologia fundada por Elon Musk, revelou que um segundo paciente recebeu o implante de um chip cerebral e está vivendo com o dispositivo. Agora, a empresa compartilha detalhes sobre a experiência do paciente identificado como Alex, que, com a ajuda do chip, consegue controlar um cursor de mouse e até projetar objetos em 3D, utilizando apenas o “poder da mente”. Além disso, Alex também é capaz de jogar Counter-Strike.
De acordo com a Neuralink, Alex levou menos de 5 minutos para se familiarizar com a interface cérebro-máquina e começar a controlar o cursor do mouse após a conexão inicial. Com poucas horas de treinamento, ele já dominava a técnica, sem relatar qualquer problema.
Assim como o primeiro paciente, Alex sofre de tetraplegia devido a uma lesão na medula espinhal. Antes do acidente, ele trabalhava como técnico automotivo, operando e reparando diferentes tipos de veículos e máquinas de grande porte.
Benção ou maldição
Como é possível notar, a tecnologia avança a passos largos, sendo que uma das inovações mais debatidas atualmente é o desenvolvimento de chips cerebrais, como o Neuralink, projeto liderado por Elon Musk. Essa tecnologia promete uma revolução na medicina e na capacidade cognitiva humana, mas também levanta sérias questões éticas e de segurança. Será que estamos prontos para uma integração tão íntima entre humanos e máquinas? Em uma recente live no canal do jornalista Fernando Beteti, essa questão foi abordada em profundidade, com perspectivas que variam do entusiasmo ao ceticismo.
O Neuralink é uma interface cérebro-máquina desenvolvida para conectar o cérebro humano diretamente a dispositivos eletrônicos. A ideia é que, através de um chip implantado, seja possível controlar computadores, robôs e até restaurar capacidades sensoriais e motoras em pessoas com deficiências. Elon Musk, o bilionário por trás dessa iniciativa, vê o Neuralink como um passo crucial na evolução humana, permitindo que as pessoas superem limitações físicas e cognitivas.
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Em entrevista ao canal Fernando Beteti, Bob Evergreen, psicólogo e especialista em inteligência artificial, detalhou o funcionamento da Neuralink. Ele relatou que, até o momento, dois pacientes já receberam o implante, e os resultados iniciais mostram que o chip permite controlar dispositivos simples, como um mouse de computador, através do pensamento. As promessas são grandiosas: a tecnologia pode não só reabilitar pessoas com doenças como Parkinson, mas também expandir as capacidades humanas além dos limites naturais.
Além disso, o Neuralink tem o potencial de tratar problemas de visão e criar conexões diretas entre o cérebro e dispositivos robóticos. Musk sugere que, em vez de utilizar exoesqueletos para reabilitação, as pessoas poderiam simplesmente controlar robôs diretamente com suas mentes. As possibilidades são quase infinitas, e a empolgação em torno dessas tecnologias é palpável.
Por outro lado, o especialista também destacou as preocupações éticas e de segurança associadas a essa tecnologia. Uma das principais questões levantadas foi a possibilidade de hackers invadirem esses chips cerebrais, dado que eles utilizam tecnologia Bluetooth. Bob Evergreen alertou que, apesar das medidas de segurança, qualquer dispositivo conectado pode ser vulnerável a ataques, e a ideia de que mentes humanas poderiam ser manipuladas remotamente é, no mínimo, perturbadora.
Outro ponto polêmico é a visão de Elon Musk sobre a necessidade do Neuralink para combater uma possível superinteligência artificial no futuro. Musk acredita que, à medida que a inteligência artificial evolui, existe o risco de que ela se torne mais inteligente do que os humanos, colocando em risco a própria existência da humanidade. O Neuralink, segundo Musk, seria uma forma de garantir que os humanos não percam o controle para essas máquinas ultra-inteligentes.
Polarização e resistência social
A discussão também abordou a polarização da opinião pública em relação a essas tecnologias. Como apontado na live, há um grande número de pessoas entusiasmadas com as possibilidades que o Neuralink oferece, mas também há uma parcela significativa da população que teme as implicações éticas e os riscos associados. Essa divisão reflete a complexidade e a novidade da situação, onde benefícios potenciais são equilibrados por riscos significativos e incertezas.