No universo da saúde integrativa, os suplementos naturais ganham cada vez mais destaque como aliados na busca por longevidade, prevenção de doenças e qualidade de vida. Entre os mais populares estão o ômega-3, a cúrcuma (curcumina) e a coenzima Q10 — compostos com benefícios amplamente reconhecidos pela ciência. No entanto, um detalhe muitas vezes ignorado pode comprometer a eficácia desses suplementos: o horário e a forma de ingestão.
Especialistas alertam que esses três suplementos não devem ser consumidos em jejum. Entenda o motivo e saiba como potencializar seus efeitos.
Ômega-3: absorção depende da presença de gordura alimentar
O ômega-3 é conhecido por seu papel fundamental na saúde do coração, do cérebro e na redução de processos inflamatórios. Trata-se de um suplemento lipossolúvel, ou seja, sua absorção pelo organismo é muito mais eficiente quando ingerido junto com uma refeição que contenha algum tipo de gordura saudável.
Consumir ômega-3 em jejum ou com refeições pobres em gordura pode reduzir drasticamente sua absorção e eficácia. Além disso, o uso em jejum pode causar desconfortos gastrointestinais, como náuseas, refluxo ou gosto residual desagradável.
Para melhores resultados, o ideal é ingerir o ômega-3 junto com refeições principais, como almoço ou jantar, preferencialmente acompanhadas de alimentos que contenham gorduras boas.
Cúrcuma: superalimento que precisa de gordura para ser absorvido
A cúrcuma, rica em curcumina, é reconhecida por suas propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e pela possível prevenção de doenças degenerativas. No entanto, a curcumina tem baixa biodisponibilidade quando consumida isoladamente ou em jejum.
A absorção da curcumina é significativamente melhor quando combinada com alimentos que contenham gordura ou com a piperina, substância presente na pimenta-do-reino que pode aumentar a absorção em até 2.000%.
Por isso, a cúrcuma deve ser consumida junto com refeições que incluam gordura ou em formulações que já tragam ingredientes que favoreçam sua absorção.
Coenzima Q10: energia celular que depende de gordura para ser aproveitada
A coenzima Q10 é essencial para a produção de energia nas células e desempenha um papel importante na saúde cardiovascular e no combate ao envelhecimento precoce. Assim como o ômega-3 e a cúrcuma, a coenzima Q10 também é lipossolúvel e precisa da presença de gordura para ser bem absorvida.
Consumir a coenzima Q10 em jejum pode reduzir sua eficácia e, em algumas pessoas, causar desconforto gástrico. Por isso, recomenda-se tomar esse suplemento junto com refeições que incluam gorduras saudáveis, como azeite de oliva, abacate ou castanhas.
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A importância de escolher o momento certo para tomar suplementos
No contexto da medicina integrativa, a forma como os suplementos são consumidos influencia diretamente nos benefícios que eles oferecem. Tomá-los no momento certo, preferencialmente junto com refeições equilibradas e nutritivas, aumenta a absorção e a eficácia de cada composto.
Além disso, é fundamental buscar orientação de um profissional de saúde antes de iniciar qualquer suplementação. Um médico ou nutricionista especializado poderá indicar as doses corretas, o melhor horário e avaliar possíveis interações com outros medicamentos ou alimentos.