Uma decisão histórica sacudiu a indústria alimentícia dos Estados Unidos: a FDA (Agência de Alimentos e Medicamentos) anunciou a eliminação de oito corantes artificiais derivados do petróleo até o final de 2026. A medida, liderada pelo secretário de Saúde, Robert F. Kennedy Jr., visa proteger especialmente a saúde das crianças, diante de evidências crescentes que associam esses aditivos a problemas como hiperatividade, distúrbios metabólicos e até câncer.
Os vilões coloridos
Os corantes sob escrutínio incluem o FD&C Red No. 3, também conhecido como eritrosina, que será banido de alimentos e medicamentos ingeríveis até 2027. Estudos em animais demonstraram que o Red 3 causa câncer na tireoide de ratos, além de afetar a função hormonal e provocar danos neurológicos. Outros corantes, como o Red 40, Yellow 5 e Blue 1, também estão na mira, sendo associados a distúrbios comportamentais e metabólicos em crianças.
Indústria dos cortantes na berlinda
Apesar da gravidade das descobertas, grandes empresas ainda não se comprometeram oficialmente com a eliminação dos corantes. A FDA está incentivando a substituição por corantes naturais, como extratos de beterraba, cenoura e flores, e acelerando a aprovação de novos aditivos naturais.
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E os corantes no Brasil?
No Brasil, muitos desses corantes ainda são permitidos e amplamente utilizados. A decisão americana pode influenciar futuras discussões regulatórias no país, especialmente considerando o crescente interesse por alimentação saudável e a preocupação com os efeitos de aditivos artificiais na saúde infantil.
A iniciativa dos EUA representa um marco na segurança alimentar e destaca a importância de políticas públicas baseadas em evidências científicas para proteger a saúde das populações mais vulneráveis.